segunda-feira, 1 de outubro de 2012

MEGARON, A AVÓ DO MUNDO E A CONVENÇÃO 169 DA OIT

MEGARON, A AVÓ DO MUNDO E A CONVENÇÃO 169 DA OIT



Megaron, sobrinho de Raoni contemplava infinitamente o céu e com seus olhos de águia penetrava o universo como quem busca o ponto certo e focal, a definição de uma resposta aos problemas sociais, políticos, étnicos e existenciais dos Povos Indígenas atrelados pela linha da vida e a linha dos clãs do povo xinguano escolhido propositalmente pelo Universo para fazer acontecer as mudanças que precisam acontecer na Terra.

O comando estrelar unido à força das luas crescente e cheia foram captados pelo guerreiro xinguano e seu povo, e ajudado pela força da avó ou mãe do mundo, da mulher que não precisa estar presente em nada ou em nenhum lugar porque ela já está em todos os lugares em alma e força espiritual. Ela está viva no espírito, coração, cultura e língua dos guerreiros e guerreiras para que ela possa fazer exercer e abastecer a grande transformação, que virá cedo ou tarde.

É só ouvi-la e para os mais sensitivos senti-la ou vê-la através dos tempos e da história. É a mulher que percorre por debaixo dos leitos dos rios, é a mulher que cria o leite quente para saciar a fome dos desesperados e despossuídos. É a mulher que ao mesmo tempo nasce, morre e nasce de novo para perpetuar as gerações indígenas deste país. É a mulher que possui o casco duro nos pés pelas andanças! É a mulher, cuja voz ecoa no passado e no presente!

No norte do planeta, montados a cavalo e montados à Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e à Declaração Universal dos Direitos Indígenas entre outros instrumentos jurídicos, olhares de lince e cabelos negros bisbilhotam ações dos governos e tratados.

Esses instrumentos jurídicos foram trabalhados arduamente por guardiões do fogo criativo e assimilados por líderes políticos que convocam Assembléias para que esse “ tempo” utilizado pelos ancestrais não seja desperdiçado pelo descrédito. As famílias espirituais da flora, fauna, mares, rios, cachoeiras, montanhas, serras, morros, cavernas, vales, seres encantados e animais do céu, das águas e das terras e de todas as espécies, enfim toda a biodiversidade da Tera escolheram a dedo os líderes indígenas pontuais e geográficos para assegurarem as leis que definem, garantem e fortalecem a política dos povos indígenas do Brasil e do mundo. Um homem jovem sentado em seu barco _ora em seu cavalo e ora em seu jumento_ proseia em suas preces e é abençoado pela Mãe Terra.  É a Pachamama para os meso e sulamericanos, a mãe natureza, as benzedeiras, as curandeiras e pajés disfarçadas pelo grande poder estrelar cósmico da categoria “indígenas”.

Povos indígenas! Sigam os sinais que são apresentados para a fortaleza futura e garantir a cultura e espiritualidade.Farejam como animais! Unam-se fortes pelo objetivo único comunitário: nações, grupos, etnias ou comunidades com ou sem Rio+20. Só existe um inimigo: aquele que não deseja ver a sua prole prosperar. Na fé e confiança ouçam a voz que sai das entranhas da Terra. “Eu moro, miro e admiro encima de uma copa de árvore robusta numa casa branca iluminada pela luz eterna a querer o reflorestamento da Terra. Ali faço ninho com as irradiações das luas crescente e cheia, e recebo ordens do comando estrelar”, diz a avó do mundo disfarçada em pajé, aquela que anda por baixo do leito dos rios e espia o mundo. Ela diz: “Aquele que crê em mim ajudará na evolução de uma nova mentalidade da juventude indígena”. Dizem que ela é uma bruxa! Ela é apenas a “mulher que sabe”, a que possui o olhar desconfiado das sábias! Megaron continua a olhar para o infinito e a sentir as evocações do espaço.

Texto de Eliane Potiguara, escrito dia 22/09/2012, às 4 horas da manhã.

Eliane Potiguara é escritora indígena. Foi indicada em 2005  ao Projeto Internacional "Mil mulheres ao Prêmio Nobel da Paz", é escritora, poeta, professora, formada em Letras (Português-Literatura) e Educação, indígena Potiguara, brasileira,  fundadora do GRUMIN / Grupo Mulher-Educação Indígena. Membro do Inbrapi, Nearin, Comitê Intertribal, Ashoka (empreendedores sociais), Associação pela Paz, Cônsul de Poetas Del Mundo e Embaixadora da Paz, pelo círculo da Fança. Trabalhou pela Declaração Universal dos Direitos Indígenas na ONU em Genebra. Escreveu “METADE CARA, METADE MÁSCARA”, pela Global Editora.E seu último livro é “O COCO QUE GUARDAVA A NOITE”, editora Mundo Mirim.Ganhou o Prêmio literário do PEN CLUB da Inglaterra e do Fundo Livre de Expressão, USA.
Site pessoal: www.elianepotiguara.org.br    
Institucional:   www.grumin.org.br

sábado, 18 de agosto de 2012

A MULHER INTUITIVA

 A MULHER   INTUITIVA

"A mulher que ouve a sua intuição, que percebe os seu sonhos, que ouve a voz interior das velhas e das mulheres guerreiras de sua ancestralidade e que possui o olhar suspeito dos desconfiados, essa sim, é uma ameaça ao predador natural da história e da cultura. Por isso o predador tem medo dela quando ela percebe a violência de seu algoz. Para dominar esse predador que está dentro dela, e fora dela na sua cultura, ela precisa tomar posse de seu instinto selvagem, de seus poderes intuitivos, de seu ser resistente, ser guerreira, ser questionadora, ter insight, ter tenacidade e personalidade no amor que procura, ter percepção aguçada, ter audição apurada, ouvir os cantos dos mortos, ter sensibilidade, ter alcance de visão, cuidar de seu fogo criativo, ter espiritualidade, mesmo que para tudo isso ela sofra, ela sangre, ela trema, ela se rasgue e grite ou que vá ao fundo do poço do sofrimento humano para renascer mais bela !!!!! É UMA LUTA DELA CONTRA ELA MESMA. O predador natural da história faz com que ela se sinta ESGOTADA, mas mesmo assim ela vence, se quiser vencer. Ela renascida fará renascer também seus descendentes, inclusive os masculinos." Texto de ELIANE POTIGUARA, em "METADE CARA , METADE MÁSCARA", Global Editora. www.elianepotiguara.org.br

terça-feira, 31 de julho de 2012

DANÇA COM LOBOS

DANÇA COM LOBOS



Assisti ontem em DVD pela vigésima vez, rs... "DANÇA COM LOBOS", um verdadeiro exemplo de lição de amor entre povos. Infelizmente o mau caráter existe e impede e se intromete no amadurecimento das boas relações. USA e EUROPA: OS MAIORES MATADORES DE POVOS ORIGINÁRIOS! 




Foto:Antonio gonzález, líder do Conselho internacional dos Tratados Indígenas, USA.
                                                          Foto: cena de Filme DANÇA COM LOBOS

Vi esse filme pela primeira vez com o grande líder indígena Antonio Gonzales (pueblo Siri/Chicano), num cinema próximo ao Conselho Nacional dos Tratados Indígenas, IITC, em São Francisco, Califórnia, USA quando de minha passagem por lá, depois de ter ido ao Congresso dos índios norte americanos, onde apresentei uma denúncia sobre a violação dos direitos indígenas do Brasil. Antonio Gonzáles foi enviado para a guerra do Vietnan como índio e viveu os piores horrores dessa guerra. Estive em São Francisco na década de 80. O Congresso indígena enviou uma moção de apoio aos índios brasileiros ao nosso governo. Foi quando fui pela 1ª vez na ONU em Genebra para testemunhar a discussão e elaboração da DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS INDÍGENAS, apoiada pelo Fundo Voluntário da ONU. Participei uma década dessas discussões. ESSA DECLARAÇÃO É UM INSTRUMENTO INTERNACIONAL DE COMBATE à violação dos direitos indígenas. Nosso povo indígena deve recorrer sempre a esses documentos para se defenderem. Peço ao LÍDER MEGARON, SOBRINHO DE RAONI que se baseie nessa declaração contra a injustiça que está sofrendo!


                                                       Foto:Megaron, Raoni e Aritana
KKekevin Costner, Mkevinary McDonnell, Graham Greene, Rodney A. Grant, Floyd "Red Crow" Westerman

ELIANE POTIGUARA, escritora indígena, autora de “METADE CARA, METADE MÁSCARA”, “O COCO QUE GUARDAVA A NOTE” ENTRE OUTROS LIVROS.


quinta-feira, 7 de junho de 2012

CADA LOUCO COM SUA MANIA


Cada louco com sua mania

Texto de ELIANE POTIGUARA

Dona Vitória pensou que estava numa guerra ou que Dom Quixote chegava para levá-la. Havia tido um ataque cardíaco quase fulminante, mas os guerreiros e guerreiras do outro lado da vida não a queriam lá ainda: “Você tem que trabalhar muito, sua voz está sufocada! Pode começar a berrar seus berros literários e evocativos”, diziam eles!”
Bem,  Dona Vitória dormia sedada por remédios da globalização, apesar de ser uma naturalista. Mas parecia estar acordada, porque ouvia sons. Sentia um frio aterrorizante do ar condicionado propositalmente ligado por causa da infecção hospitalar.
Determinado momento, escutou um canhão adentrando o corredor que levava ao CTI (centro de tratamento intensivo), aquele lugarzinho sinistro que todo mundo tem medo de chegar lá, porque parece o final de linha!
Dona Vitória imaginava com os olhos fechados ­­_ quase inconsciente_ ­grogue pelos remédios: “Estão chegando os inimigos e estão na minha direção. O que faço?”
De súbito, um aparelho parecido a uma máquina fotográfica, daquelas gigantes, pára aos pés da maca de Vitória e atrás da máquina um homem de quase 2 metros, perguntava: Quem vai tirar Raios-X? Vitória imaginava que era uma máquina fotográfica do século passado e não sabemos com que força ela conseguiu se sentar e ajeitar o corpo e cabelos, como se fora uma modelo!  Vixe Maria! Que mulher vaidosa!

Sua companheira de CTI que estava a seu lado nada entendeu, porque Dona Vitória se arrumava tanto com aquele avental  horroroso branco, furado, velho que só tem um cadarço para amarrar e você fica quase pelada aparecendo-lhe os cabos dos monitores  ligados a quinhentas máquinas e mostrando seu horrível  fraldão! Ufa! Quantos cabos, quantas vezes aquele aparelho de pressão arterial_ sozinho_ parecendo um fantasma, inchava e desinchava apertando seu braço como se estivesse apertando seu pescoço até a morte.Isso sem contar com os cabos do soro que doía o braço e toda hora alguém enfiava uma injeção pela "goela abaixo” que lhe ardia o antibraço todo.
O grandão vem com uma chapa de prata dessas de tirar Raios-X e gelada a enfia atrás das costas nuas da pobre Vitória, que na cabeça dela já estava embelezada para a grande e histórica foto.
O grandão que ainda permanecia à sua frente, perguntou de novo: Quem vai tirar Raios-X? E Vitória se ajeitava mais ainda para ficar bonita. E completamente grogue! E não respondia, porque sua voz não saía! Mal enxergava!
 De súbito, a companheira do lado tem um ataque de tosse. E tosse e tosse e tosse e tosse... O grandão diz: “Ah!... é a outra que está tossindo!” Desculpe senhora! Disse à  Dona Vitória e começaram a rir os dois safados... E estavam lúcidos.
 E Vitória, meio cambaleante, começou a entender que nada era com ela e sim com a companheira do lado. E começou a rir também, tonta pelo efeito da enfermidade e dos medicamentos que lhe deixaram grogue!
O susto foi grande, porque além de imaginar coisas, pensou que a máquina antiga de tirar Raios-X era um canhão inicialmente e, depois uma máquina fotográfica antiquada ou Dom Quixote de La Mancha que viria buscá-la!
Cada uma, hem!
Eliane Potiguara

segunda-feira, 4 de junho de 2012

REVISTAARCHIVOSDELSUR-Cultura Pueblos originarios: Eliane Potiguara - Su lucha

REVISTAARCHIVOSDELSUR-Cultura Pueblos originarios: Eliane Potiguara - Su lucha: (Río de Janeiro) El día 28 mayo de 2012, la escritora Eliane Potiguara que fue "La Mujer del Año en 1988" tuvo un ataque al corazón ...

sábado, 5 de maio de 2012

BIENAL DO LIVRO DO AMAZONAS

Estamos aqui no Amazonas eu, Eliane Potiguara e Daniel Munduruku para a BIENAL DO LIVRO, MANAUS: tacacá literário..... ÊTA TACACÁ GOSTOSO!....HISTÓRIAS DE NOSSA GENTE INDÍGENA.É hora do Brasil acordar para suas histórias, poemas, cânticos vindos
do "pensamento indígena brasileiro".eliane potiguara

domingo, 29 de abril de 2012

O COCO QUE GUARDAVA A NOITE


Pela EDITORA MUNDO MIRIM , foi lançado o novo livro de ELIANE POTIGUARA, "O COCO QUE GUARDAVA A NOITE"  com  ilustrações de Suryara Bernardi. Foi dia 23 de Abril às 11:00 da manhã, numa 2ª FEIRA na FNLIJ (Feira Nacional do Livro Infanto Juvenil), no Espaço Sul América. Outros lançamentos virão, inclusive na BIENAL DO LIVRO EM MANAUS, DIA 5, ÁS 15 HORAS.
 
Eliane Potiguara é diretora institucional da Moína Produções, Embaixadora da Paz da ONU (Cercle Universel des Ambassareus de La Paix – Suisse/France), indicada em 2005 ao Prêmio Mil Mulheres ao Prêmio Nobel da Paz, Rede de GRUMIM de Mulheres Indígenas e Fellow da Ashoka.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

ENTRE A HUMILDADE E O TALENTO

Samora Potiguara, filho do cantor TAIGUARA lota restaurante em Porto Alegre, com apoio dos FIGUEIRÓS (família paterna de Taiguara, de origem indígena CHARRUA).

Por: JEAN FIGUEIRÓ*

Samora Potiguara, filho do cantor TAIGUARA lota restaurante em Porto Alegre, com apoio dos FIGUEIRÓS (família paterna de Taiguara, de origem indígena CHARRUA).

No dia 4 de março de 2012, fui assistir ao show de Samora Potiguara, ou simplesmente Poti, como carinhosamente é chamado pela família aqui no RS. Porto-alegrense tem este hábito de diminuir as palavras, por pressa ou simplesmente para demonstrar intimidade ou carinho, neste caso específico, só carinho.
Quando não se é Roberto Carlos ou jogador de futebol em final de partida vitoriosa, fica difícil falar em Deus, para um artista em um espaço cultural alternativo mais ainda, mas foi assim que o paulista Samora Potiguara abriu seu show; não falou de religião, falou de Deus, Deste que cada um encontra de forma individual, alguns em imagens sacras, outros em mesas de bares, e outros na energia da música que o artista canta e toca e o que todos encontram quando expressam AMOR.
Em solo gaúcho é sempre bom chamar o público para a festa. Foi isso que Samora fez, abrindo seu show com músicas do Engenheiros do Havaí, seguindo uma sequencia surpreendente de MPB, Vinicius de Morais, Lulu Santos, Peninha, Alceu Valencia entre tantos e, como não poderia deixar de ser, Taiguara, seu pai, Universo no teu corpo, Sol de Tanzânia, Cavaleiro da Esperança e Terra das Palmeiras, essa corajosamente executada num desafio pessoal. ”Sempre quis tocar essa música em público, aqui me senti a vontade para arriscar, disse ele”. Com essas palavras Poti demonstrou que humildade pode andar de mãos com talento e coragem.
Poti fez o público conhecer algumas de suas composições e depois, com a liberdade que gosta de ter, passeou pelo rock de grandes bandas internacionais.
Terminar um show com as pessoas cantando e dançando é tudo que um artista deseja, e foi assim que a noite no Espaço Cultural 512 terminou.
Poti, que mora no Rio de Janeiro, veio ao Rio Grande Sul resgatar laços de família, conhecer o Estado, ouvir histórias vividas por seu pai. Nós em sua despedida podemos dizer, bem vindo entre nós.
JEAN FIGUEIRÓ* é escritor, poeta, amante da música e primo do cantor e compositor TAIGUARA.

Contato para show: (051) 8119 6395 (Jean) OU MOÍNA PRODUÇÕES ARTÍSTICAS TEL:(021) 3079-9959 /(021)2577- 5816 (Samora) https://www.facebook.com/samora.potiguarahttps://www.facebook.com/samora.potiguara
MOÍNA PRODUÇÕES ARTÍSTICAS TEL:(021) 3079-9959 / 2577- 5816/(021)9335-5551

quarta-feira, 28 de março de 2012


 A MÃE TERRA E O CRIADOR

As mulheres indígenas do planeta terão suas terras roubadas, suas culturas e espiritualidades dilaceradas, suas vidas ceifadas e gerações e gerações de filhos discriminados na sociedade urbana e rural e desprezados pelos políticos e empresários. Terão suas culturas penduradas em Museus ou demonstradas em desfiles de Carnaval, como seres do passado, ou do folclore. Servirão de chacotas em cidadelas e pedirão esmolas. Os homens se embriagarão e ficarão fracos ou loucos. Seus filhos serão frágeis e uma onda de extermínio acobertará tribos inteiras, até que mulheres e homens fortes, como muitos líderes que virão ouçam a voz da ancestralidade, vejam as marcas de jenipapo cravadas nas caras étnicas como uma marca imposta por Mim - NHENDIRU, o Criador - e que sintam a chama eterna da IDENTIDADE INDÍGENA para ser respeitada e aceita, como um exemplo para o planeta terra.
 
 Exemplo de uma etnia humana que sangrou, retomou a voz ancestral e ética e sobreviveu a todo o processo de escravidão do passado e do presente e que realmente possa ensinar a filosofia da igualdade e fraternidade. Porque os povos indígenas são meus filhos primogênitos dos cinco continentes, foram os primeiros que Eu coloquei neste planeta, por conhecerem o princípio ético do equilíbrio na natureza. Povos indígenas devem ser exemplo do BOM CONVÍVIO COM A SOCIEDADE E A NATUREZA. Exemplo de prosperidade ética e espiritual.
Texto de: Eliane Potiguara

terça-feira, 6 de março de 2012

BANHANDO-SE NAS ÁGUAS SAGRADAS DA VITÓRIA RÉGIA


BANHANDO-SE NAS ÁGUAS SAGRADAS DA VITÓRIA RÉGIA
DIA INTERNACIONAL DA MULHER: 8 DE MARÇO


Ano passado ofereci à humanidade um MUIRAQUITÃ, lembram-se? É um amuleto verde de proteção à vida eterna da alma humana, aquela que faz algo pelo bem caminhar dos seres humanos! Não percamos nossas almas!

 
 


 
 Esse ano de 2012 presenteio a todas e a todos seres humanos um cenário encantador, onde cada um possa fixar seus olhos e espíritos e meditar aquilo que queiram de MELHOR para sua vida!
Neste momento mirem abaixo a paisagem da vitória régia e banhem-se com as melhores intenções de bondade, amor, luz, espiritualidade, progresso, prosperidade, abundância, saúde, solidariedade, cooperação, boa vontade , propósito e respeito à grande Mãe, à mulher. Feliz dia internacional da mulher!
Eu vos dou de presente esse sagrado banho nas águas da vitória régia! Muitas bênçãos conseguirão com fé! MUITA LUZ!
Eliane Potiguara
EMBAIXADORA DA PAZ  -  CERCLE UNIVERSEL DES AMBASSASEURS DE LA PAIX" SUISSE/FRANCE, na FRANÇA.
Indicada em 2005 ao Prêmio Nobel da Paz e fellow da ASHOKA



A lenda da vitória-régia é uma lenda brasileira de origem indígena tupi-guarani.
Há muitos anos, em uma nação indígena, contava-se que a lua Jaci, era uma deusa que ao despontar a noite, beijava e enchia de luz os rostos das mais belas virgens índias da aldeia - as cunhantãs-moças. Sempre que ela se escondia atrás das montanhas, levava para si as moças de sua preferência e as transformava em estrelas no firmamento.
Uma linda jovem virgem da tribo, a guerreira  Naiá, vivia sonhando com este encontro e mal podia esperar pelo grande dia em que seria chamada por Jaci. Os anciãos da tribo alertavam Naiá: depois de seu encontro com a sedutora deusa, as moças perdiam seu sangue e sua carne, tornando-se luz - viravam as estrelas do céu. Mas quem a impediria? Naiá queria porque queria ser levada pela lua. À noite, cavalgava pelas montanhas atrás dela, sem nunca alcançá-la. Todas as noites eram assim, e a jovem índia definhava, sonhando com o encontro, sem desistir. Não comia e nem bebia nada. Tão obcecada ficou que não havia pajé que lhe desse jeito.
Um dia, tendo parado para descansar à beira de um lago, viu em sua superfície a imagem da deusa amada: a lua refletida em suas águas. Cega pelo seu sonho, lançou-se ao fundo e se afogou. A lua, compadecida, quis recompensar o sacrifício da bela jovem índia, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente de todas aquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", única e perfeita, que é a planta vitória-régia. Assim, nasceu uma linda planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas.
A LITERATURA INDÍGENA E OS DIREITOS HUMANOS DOS POVOS INDÍGENAS DEVEM SER RESPEITADOS!